terça-feira, 7 de agosto de 2007

As criaçoes de Mana Bernardes

Com apenas 25 anos, Mana Bernardes é a nova promessa carioca no mundo da joalharia e artes plásticas. As suas jóias têm sido expostas em várias galerias e estão à venda em conceituadas lojas de design, como a Colette, em Paris, e a Zona D, em São Paulo. A sua colecção de brincos, pingentes e braceletes de plástico colorido transmitem o seu enorme fascínio pela luz. Mana Bernardes utiliza materiais variados e mistura, muitas vezes, objectos comuns com jóias tradicionais: palitos, ganchos de cabelo, colheres de café, pérolas, prata e ouro. Mas a sua imaginação torna os elementos reciclados irreconhecíveis na peça final. Berlindes transformam-se no colar “Esferas que flutuam na rede”. A partir de uma colher de café, surge o “Mexedor”. Gargantilhas com espelhos são apelidadas de “Você é Algo para Mim”.
Mana Bernardes nasceu no Rio de Janeiro, no seio de uma família de criativos. O seu pai é cineasta e o seu avô arquitecto. A sua carreira profissional começou aos 7 anos, quando fez o primeiro colar. Aos 11, já criava peças para a loja carioca Cantão e tiaras para Babalu, personagem interpretada por Letícia Spiller na novela “Quatro por quatro”. Prosseguiu, criando objectos variados. O seu conceito: “o poder de transformação é a jóia do ser humano”.
“Acho difícil dizer o que sou. Designer é um palavra em inglês que não gosto de usar. Também não me considero artista plástica. Costumo dizer que sou uma inventora social, como o meu avô gostava de se definir”, afirma.
Em 2005, convidada pelos irmãos Campana, expôs na Fundação Cartier, em Paris, na mostra “J´ên Rêve”, que reuniu novos artistas de todo o mundo. Apresentou o móbil de oito metros “Um fio para um espaço” e o vídeo “Conectar-se pelo Cordão”. Com este mesmo projecto participou na mostra comemorativa da revista inglesa “I-D”.
Mana Bernardes também fotografa, realiza workshops de arte e joalharia no projecto social “D+ da conta” da Associação Ser Cidadão no Museu da República do Rio de Janeiro, e lecciona Desenho Industrial na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi na sala de aula que surgiu a ideia da obra “Conectar-se pelo Cordão”, exposta no Senac de Copacabana.
“Fui fazendo o colar e me aprofundando. Colar, cordão... Dei-me conta de que todos nós fomos conectados por um cordão umbilical. Daí surgiu a ideia do meu trabalho”, conta. Mana Bernardes fotografou 130 pessoas a mostrar os seus umbigos e fez um vídeo em que aparecem todas numa espiral, conectadas por um cordão umbilical. “Esse é o meu projecto de vida. Não quero parar. Pretendo fazer esse trabalho com mais pessoas e em lugares diferentes, como numa grande empresa e numa Faculdade em África. Isso é arte e terapia também”, conta.
Para além das suas colecções, Mana Bernardes desenvolve projectos em parceria com outros designers. Este ano, lançou uma colecção com a sua mãe, a artista plástica Rute Casoy, para a loja Fuxique-Garimpo, em São Paulo. Para a Nokia, criou “Esfera”, um pingente para telemóvel.
toda a informaçao retirada de:
site oficial da artista:

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